O processo de combate ao COVID-19 obriga a que todos repensem as suas actividades normais e um dos sectores mais afectados é o Ensino. Diz-se com frequência que o Ensino em Portugal continua no séc. XX, porque continua a depender quase totalmente de lápis, caneta, papel e livros. Entre os anos de 1965 e 1987, Portugal teve a Telescola , um projecto de ensino à distância que tentava resolver a falta de professores do ciclo preparatório (5º e 6º anos) em locais remotos. Desde então, tanto quanto sabemos, não houve mais projectos de ensino à distância em larga escala. Retrospectivamente, talvez tenha sido um erro mas, enfim, são coisas fáceis de dizer à posteriori. O tele-ensino não é uma coisa nova e os constrangimentos tecnológicos de hoje são muito menores. Nada que se compare, por exemplo com a experiência School of the Air , existente na Austrália desde 1951, quando os miúdos podiam apenas falar com os professores por rádios alimentados a pedais. Foto: "Miss Molly Ferg
Há uns dias um certo patrão da indústria, com interesses em Portugal, afirmou numa conferência de imprensa que não gosta de pagar salários . Para o caso de esta notícia vir mais tarde a desaparecer por ordem de um tribunal europeu qualquer, aqui está um extracto: Patrick Drahi confessou que não gosta "de pagar salários". (...) Numa conferência realizada na última quinta-feira à noite, depois de terem anunciado a compra da operadora norte-americana Cablevision, o presidente da Altice confessou: "Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder", acrescentou. Parece que é moda ser um patrão do século XIX. Nos últimos tempos há um crescente número de empresários que não se embaraça de vir a público dizer que não gosta de ter que preocupar com o pessoal que trabalha nas suas empresas. No caso do chefe da Altice, é mais estranho ainda. Toda a gente sabe que há uma enorme dificuldade em contratar técnicos talentosos na área das TIC. No entanto, P