Há uns dias um certo patrão da indústria, com interesses em Portugal, afirmou numa conferência de imprensa que não gosta de pagar salários.
Para o caso de esta notícia vir mais tarde a desaparecer por ordem de um tribunal europeu qualquer, aqui está um extracto:
Parece que é moda ser um patrão do século XIX. Nos últimos tempos há um crescente número de empresários que não se embaraça de vir a público dizer que não gosta de ter que preocupar com o pessoal que trabalha nas suas empresas.
No caso do chefe da Altice, é mais estranho ainda. Toda a gente sabe que há uma enorme dificuldade em contratar técnicos talentosos na área das TIC. No entanto, Patrick não está nada preocupado com isso, a ponto de fazer declarações destas em público, arriscando-se a antagonizar os empregados das suas empresas pelo mundo fora.
Suspeito que haverá muitos empresários por aí que gostariam de ter a lata de fazer o mesmo género de afirmações, e até conheço alguns. Esses vão-se fartar de rir deste post, mas para eu me importar com isso era preciso que respeitasse as suas opiniões.
Na verdade, uma das coisas que me dá mais prazer e orgulho em ser empresário é assinar a transferência dos salários da nossa equipa todos os meses.
Gosto de pagar salários por razões várias, mas posso destacar uma ou duas. Ser sócio de uma empresa é uma forma de exercer uma liberdade profissional difícil de atingir quando se é apenas empregado. Constituir uma equipa e conseguir, mês após mês, que essa equipa possa usufruir também da existência do nosso projecto empresarial, dá-nos uma satisfação que vai bastante para além daquilo que seria de esperar numa carreira "apenas" informática.
É possível que essa seja uma das principais razões para que, em termos empresariais , o Patrick esteja na Liga dos Campeões e e a nossa equipa jogue apenas no campeonato nacional com umas idas pontuais à UEFA. Mas ao menos não tivemos que vender a alma ao diabo.
Os Ebenezer Scrooge deste mundo ganham muito dinheiro e não gostam de partilhar. Acham-se melhores que todos os outros. Isso de pagar salários será, portanto, uma aberração. Triste será o mundo deles. Como sociedade, podemos responder-lhes simplesmente: Been There, Done That :-p
Para o caso de esta notícia vir mais tarde a desaparecer por ordem de um tribunal europeu qualquer, aqui está um extracto:
Patrick Drahi confessou que não gosta "de pagar salários". (...) Numa conferência realizada na última quinta-feira à noite, depois de terem anunciado a compra da operadora norte-americana Cablevision, o presidente da Altice confessou: "Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder", acrescentou.
Parece que é moda ser um patrão do século XIX. Nos últimos tempos há um crescente número de empresários que não se embaraça de vir a público dizer que não gosta de ter que preocupar com o pessoal que trabalha nas suas empresas.
No caso do chefe da Altice, é mais estranho ainda. Toda a gente sabe que há uma enorme dificuldade em contratar técnicos talentosos na área das TIC. No entanto, Patrick não está nada preocupado com isso, a ponto de fazer declarações destas em público, arriscando-se a antagonizar os empregados das suas empresas pelo mundo fora.
Suspeito que haverá muitos empresários por aí que gostariam de ter a lata de fazer o mesmo género de afirmações, e até conheço alguns. Esses vão-se fartar de rir deste post, mas para eu me importar com isso era preciso que respeitasse as suas opiniões.
Na verdade, uma das coisas que me dá mais prazer e orgulho em ser empresário é assinar a transferência dos salários da nossa equipa todos os meses.
Gosto de pagar salários por razões várias, mas posso destacar uma ou duas. Ser sócio de uma empresa é uma forma de exercer uma liberdade profissional difícil de atingir quando se é apenas empregado. Constituir uma equipa e conseguir, mês após mês, que essa equipa possa usufruir também da existência do nosso projecto empresarial, dá-nos uma satisfação que vai bastante para além daquilo que seria de esperar numa carreira "apenas" informática.
É possível que essa seja uma das principais razões para que, em termos empresariais , o Patrick esteja na Liga dos Campeões e e a nossa equipa jogue apenas no campeonato nacional com umas idas pontuais à UEFA. Mas ao menos não tivemos que vender a alma ao diabo.
Os Ebenezer Scrooge deste mundo ganham muito dinheiro e não gostam de partilhar. Acham-se melhores que todos os outros. Isso de pagar salários será, portanto, uma aberração. Triste será o mundo deles. Como sociedade, podemos responder-lhes simplesmente: Been There, Done That :-p
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