A notícia do dia é que os rapazes e raparigas portugueses com 15 anos eram, em 2006, uns grandes ignorantes. Isto não tem qualquer sentido pejorativo. É um facto cientificamente comprovado pela OCDE.
A verdade é que os nossos estudantes passam mais ou menos os mesmos anos na escola que os outros. E, ao fim de 15 anos são licenciados como os outros. Mas o problema é que sabem menos.
Toda a gente sabe que um "canudo", por si só, não serve de muito. Não se vai ao supermercado comprar arroz e legumes com um diploma universitário. As meninas da caixa, seguindo inteligentes instruções dos seus superiores hierárquicos, só aceitam dinheiro. E o dinheiro ganha-se quando se tem valor.
Estudantes: não será altura de irem para as ruas reclamar competências em vez de "canudos"? Mas, se forem, não faltem às aulas. Elas já são tão pouco eficientes...
A verdade é que os nossos estudantes passam mais ou menos os mesmos anos na escola que os outros. E, ao fim de 15 anos são licenciados como os outros. Mas o problema é que sabem menos.
Toda a gente sabe que um "canudo", por si só, não serve de muito. Não se vai ao supermercado comprar arroz e legumes com um diploma universitário. As meninas da caixa, seguindo inteligentes instruções dos seus superiores hierárquicos, só aceitam dinheiro. E o dinheiro ganha-se quando se tem valor.
Estudantes: não será altura de irem para as ruas reclamar competências em vez de "canudos"? Mas, se forem, não faltem às aulas. Elas já são tão pouco eficientes...
As aulas são tão pouco eficientes porque a maioria dos alunos só tem o corpo dentro da sala de aula. Não ouve, não vê não escreve e espera que o papá pague 100 euros pela explicação de uma anedota qualquer que está desempregado e quer ganhar umas euros.
ResponderEliminarNeste post, só por acaso, eu não "casquei" nos alunos. De facto concordo que uma boa parte do problema está na mentalidade com que os alunos vão à escola.
ResponderEliminarMas a verdade é que é responsabilidade dos pais (esses que pagam tudo e mais alguma coisa, mas têm dificuldade em educar), dos professores e de toda a sociedade fazer com que os alunos percebam que ou são competentes ou vão engrossar a fila do desemprego. E, percebendo isto, os alunos deverão assumir um papel activo que vai para além do estudo empenhado.
Sendo que as TI lidam muitas vezes com assuntos de elevada responsabilidade, como saldos bancários, impostos, cobranças.
ResponderEliminarPorque é que "virtualmente" qualquer pessoa pode trabalhar em TI desde que "desenrasque" o serviço?
Um contabilista, um electricista, um arquitecto e tantos outros é-lhe exigida legalmente uma certificação para exercer a sua profissão.
Porque é que nas TI é este caos?
Gostava que aborda-se este tema num futuro 'post'.
Obrigado.
Apesar de o tema dar pelo menos um livro, acabei de lhe responder num post chamado, precisamente, "Porque é que nas TI é este caos?".
ResponderEliminarVolte sempre!
Esta pequena estória, tirada deste fórum, vem a talhe de foice:
ResponderEliminarO que está aqui subjacente é que, em tempos já acontecia mas hoje ainda mais, quem sai das universidades, salvo honrosas excepções, são autênticos tótós com canudos e com expectativas de vencimentos iniciais de quem já vai adiantado na carreira e já aprendeu muito.
É daí que vem a desilusão de chegar ao primeiro emprego, puxar dos galões - sou Dr. - e dizer que acho justo o vencimento de 3.000, mais carro, mais combustível, cartão para despesas, mais seguro de saúde e prémio anual.
Do outro lado ouvem: meu caro amigo, são 800 iliquidos e mais nada. Caíu o céu...
Aproveito para relatar um caso que presenciei e que muito me tem feito pensar.
Há uns quatro anos atrás, na empresa onde trabalho, abrimos uma vaga para chefe de gabinete da administração, função esta que mais não era que coordenar as secretárias, apoiar os administradores e fazer a ponte entre os sectores da empresa e a administração em coisas de menor importância mas que não se podem descurar. Pretendia-se alguém jovem (25/27 anos) e licenciado.
Obtivemos cerca de 3 centenas de candidaturas válidas e das quais se fez uma " short list " de 10.
Fiz parte do grupo que ouvimos, um a um, estes candidatos.
Ouvi coisas loucas, do género " não passei tantos anos a estudar para trabalhar por menos de 2.000/mês ", " nunca trabalhei mas tenho uma licenciatura " e um dos candidatos propôs como factor de mais-valia, embora sem experiência no mundo do trabalho, que " podia fazer elo de ligação com a política já que tinha um cargo na JSD " e rematava com uma proposta salarial de 3.500/mês e uma lista de regalias.
Acabamos por seleccionar uma jovem que, no tocante a vencimento, propôs 800 euros e propôs algo inédito: estágio não remunerado no primeiro mês rodando alguns dias por cada direcção da empresa. Claro que quando chegou à portaria esteve 4 dias na recepção fardada de segurança, fazendo 2 noites.
Hoje, está nos quadros, é directora de outra área e recebe todas as remunerações e regalias que os directores têm direito e é competentíssima.