Avançar para o conteúdo principal

Como usar Alfresco com LibreOffice 4 via CMIS


Uma das maiores mudanças no mundo da gestão documental, nos últimos tempos, foi a criação de um standard de interoperabilidade - o CMIS.

Este standard homogeneíza o interface dos sistemas de gestão de conteúdos através da definição de uma série de webservices que todos os produtos devem implementar.

Muito inspirado no Sharepoint Protocol, tornado público por pressão da União Europeia sobre a Microsoft, o CMIS é, hoje em dia implementado por praticamente todos os produtos avançados de gestão de conteúdos.

A release 4 do LibreOffice permite, a partir de agora, usar um qualquer repositório documental CMIS para a gestão avançada de documentos.

As imagens seguintes mostram como se pode usar o LibreOffice 4 com um repositório Alfresco através dos serviços CMIS.

1. Activar as caixas de diálogo LO4 em vez das nativas, para a abertura de ficheiros

Isto é necessário para se poder aceder a localizações CMIS, normalmente não suportadas pelo sistema operativo.



2. Ao "Abrir" o ficheiro, usar o botão "..." para definir uma nova localização CMIS


3. Preencher os dados do servidor/serviço CMIS


4. Navegar no repositório e abrir o ficheiro pretendido



Os repositórios CMIS podem ser usados, assim, como se fossem pastas normais. No entanto, o LibreOffice sabe que o CMIS tem funcionalidades adicionais, pelo que permite, por exemplo, fazer check-out/check-in dos documentos e manipular as suas versões.



Comentários

  1. Muito obrigado por esta informação Fernando Fernández.
    Será que podes auxiliar como fazer o mesmo tipo de ligação mas com o serviço Alfresco Cloud?
    http://www.alfresco.com/products/cloud

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Conferência Europeia da Comunidade Alfresco

Já foi há quase quinze dias, mas julgo que ainda será relevante abordar a Conferência Europeia da Comunidade Alfresco, que decorreu em Barcelona no dia 22 de Abril. Com uma audiência de mais de 200 pessoas (a sala reservada estava cheia) vindas de vários pontos da Europa, este evento serviu para que muita gente desta comunidade se encontrasse pela primeira vez face a face. A Alfresco Inc. é uma empresa recente, que apostou em criar uma solução de gestão documental de topo de gama usando o modelo open-source . Considerando que a empresa, no seu terceiro ano de actividade, já atingiu o break-even , parece ter sido uma boa aposta. No arranque da conferência esteve John Powell, CEO da empresa, que falou um bocado sobre a excelente evolução da empresa e abordou a "guerra" entre o modelo de negócios proprietário e o modelo de código aberto. Exemplificou este conflito com o Microsoft SharePoint, que ele designou como "a morte da escolha", justificando o epíteto pelo facto

Backup automático de disco USB (pen drive)

Hoje em dia toda a gente tem uma pen drive para levar os seus ficheiros de um lado para o outro. E muitas vezes está lá trabalho importante. Mas impõe-se uma pergunta: o que acontece se se perde a pen drive ? Ou se esta se avaria? Quem é que faz backups regulares da pen drive ? Muito pouca gente! Pessoalmente tenho por hábito fazer um backup cerca de uma vez por semana. Quando o trabalho é muito, faço backup mais vezes. Mas já por duas vezes as avarias me fizeram perder as versões mais recentes. E isto chateia. Por isso aqui há uns dias decidi "coçar esta comichão" e resolver o problema de forma mais sistemática: arranjei maneira de fazer um backup automático cada vez que ligo a pen drive a um computador. (sim, eu sei que há software específico para isto, mas que querem, apeteceu-me fazer mais um) A receita é relativamente simples: um script (DOS batch file ) que faz o backup , um ficheiro de definição de autorun e já está. 1. O script de backup - Basta instalar, na roo

Horário de trabalho

A trabalhar há dois meses na Irlanda, ando para escrever alguns apontamentos daqui de Dublin, mas são tantos e tão diversos que há matéria aqui para escrever um blog inteiro (e talvez ainda o faca se a inspiração vier em meu auxílio). Há no entanto uma diferença que encontrei por aqui que é muito mais marcante do que eu poderia supor poder ser, e lembrei-me deste ponto que talvez se acomode bem neste blog e no tipo de posts que por aqui há. Falo do horário de trabalho . O horário que por aqui se pratica, e que suponho generalizado, é de entrar as 9h e sair as 17h, com meia-hora de almoço. Ou seja, 7 horas e meia. Ou seja, meia-hora de diferença para o horário "normal" de Portugal. E que diferença que essa diferença faz... Os irlandeses não são muito "fanáticos" com o trabalho e os horários, não se trata de regimes "autoritários" como parece ser em Inglaterra ou na Alemanha - a propósito, sabem que os alemães dizem que na Alemanha a taxa de criminalidade é