Avançar para o conteúdo principal

Missão à Rússia - Спасибо!

O resultado da Missão TIC à Rússia foi francamente positivo. Algumas empresas obtiveram encomendas, outras pedidos de propostas, outras... boas perspectivas. Todos saíram de Moscovo satisfeitos com o resultado.

Foi muito engraçado ver os Russos a descobrir que Portugal não é só um país de boa praia e comida. E é sempre agradável confirmar que não estamos, de facto, na cauda da Europa em tudo. Temos muito potencial e chegamos a estar à frente de muitos países em certas áreas.

Quanto à possibilidade de fazer negócio em Moscovo, ficou de certa forma confirmada a visão de que se trata de um mercado de risco e que, em virtude de alguma instabilidade política e social, qualquer investimento pode dar grandes frutos ou ser completamente perdido. Como os próprios Russos dizem, o deles é um país de surpresas. Não há monotonia e essa é uma das razões porque gostam de lá viver.




Um estudo recente disponível em www.visionofhumanity.com classifica a Rússia como um dos países menos pacíficos do mundo. Foi realizado por investigadores da revista "The Economist" que, não sendo propriamente uma entidade ideologicamente isenta, faz questão de ser tecnicamente exemplar. Trata-se do Global Peace Index, que estabelece uma classificação de 121 países em função de factores como conflitos internos e externos, segurança da população, confiança, níveis de militarização, etc. (ironicamente, os EUA ficaram em 96º lugar, logo à frente do Irão). Não se pense, apesar disto, que é inseguro andar em Moscovo. Não é. Aliás, a nossa guia fez questão de nos informar que não há assaltos (só carteiristas, e dos bons). E a nossa pouca experiência confirmou isso mesmo. O ambiente na rua é calmo e até alegre.

Na rua, o Russo comum é muito desconfiado dos estrangeiros. Mas ao fim de cinco minutos de conversa aberta, podemos ganhar amigos para a vida toda. É muito agradável. O problema maior é mesmo conseguir falar com eles. Ao contrário do que seria de esperar, mesmo muitos dos mais novos não falam inglês, pelo que a linguagem gestual e corporal é fundamental para ultrapassar a barreira da língua.

No ambiente de negócios, a coisa é mais fácil. A língua inglesa é usada com abundância, embora mais pelo pessoal das empresas e um pouco menos pelo pessoal dos organismos do Estado.

As parcerias ganham, portanto, uma importância elevada. A hipótese de uma empresa não-Russa se estabelecer sozinha é praticamente nula. Para mais sabendo que há uma nova vaga de espírito nacionalista que envolve os Russos nos últimos anos.

Enfim! Agora é hora de dar seguimento aos contactos que foram estabelecidos e fazer negócio!

Há sempre coisas que podiam correr um pouco melhor, mas também é preciso reconhecer que houve imensas dificuldades que foram superadas quando necessário. O balanço da organização pode ser considerado francamente bom.

É preciso agradecer, antes de mais ao ICEP, cujo pessoal em Lisboa e Moscovo se empenhou em fazer uma exposição bem sucedida e em organizar os contactos com as empresas locais. E convém também não esquecer a ANETIE, no seu papel de representante das empresas TIC nacionais e que esteve desde o início ligada à organização.

À organização: Obrigado!
Aos companheiros de viagem: Boa Sorte!


Comentários

Mensagens populares deste blogue

[Off-topic] "Novas" tendências de gestão

Afinal as novas tendências de gestão não são de agora. E as suas consequências também já são conhecidas há muito. Vejam esta carta do Senhor Vauban , Engenheiro Militar e Marechal de França, dirigida ao Senhor Losvois, Ministro da Guerra de Luís XIV, datada de 17 de Julho de 1683. "Monsenhor: ... Há alguns trabalhos nos últimos anos que não acabaram e não acabarão nunca, e tudo isso, Monsenhor, porque a confusão que causam as frequentes baixas de preços que surgem nas suas obras só servem para atrair como empreiteiros os miseráveis, malandros ou ignorantes e afugentar aqueles que são capazes de conduzir uma empresa. Digo mais, deste modo eles só atrasam e encarecem as obras consideravelmente porque essas baixas de preços e economias tão procuradas são imaginárias, dado que um empreiteiro que perde, faz o mesmo que um náufrago que se afoga, agarra-se a tudo o que pode; e agarrar-se a tudo, no ofício de empreiteiro, é não pagar aos fornecedores, pagar baixos salários, ter os piores

Conferência Europeia da Comunidade Alfresco

Já foi há quase quinze dias, mas julgo que ainda será relevante abordar a Conferência Europeia da Comunidade Alfresco, que decorreu em Barcelona no dia 22 de Abril. Com uma audiência de mais de 200 pessoas (a sala reservada estava cheia) vindas de vários pontos da Europa, este evento serviu para que muita gente desta comunidade se encontrasse pela primeira vez face a face. A Alfresco Inc. é uma empresa recente, que apostou em criar uma solução de gestão documental de topo de gama usando o modelo open-source . Considerando que a empresa, no seu terceiro ano de actividade, já atingiu o break-even , parece ter sido uma boa aposta. No arranque da conferência esteve John Powell, CEO da empresa, que falou um bocado sobre a excelente evolução da empresa e abordou a "guerra" entre o modelo de negócios proprietário e o modelo de código aberto. Exemplificou este conflito com o Microsoft SharePoint, que ele designou como "a morte da escolha", justificando o epíteto pelo facto

O que é uma POOL ?

Tenho andado a fazer implementações de mecanismos de pooling em Java 2 Enterprise Edition. Como me parece um conceito algo lato tentei a abordagem do dicionário. Alguns mostram que de facto a palavra é usada para muita coisa. A definição mais comum é "piscina". A que mais me agradou foi o que descobri na wikipedia , onde pooling é apresentada como uma técnica para guardar qualquer coisa que já não é necessária em determinado sitio (a que se chama pool ) com o objectivo de a usar quando necessário optimizando assim a utilização de recursos disponíveis. Partindo para a computação, existem vários tipos de pools: Thread Pool - Conjunto de threads livres que se vão adicionando a um fifo quando não necessárias e retirando quando se quiserem usar. Memory Pool - Conjunto de blocos de memória, todos da mesma dimensão, que se alocam inicialmente e usam à medida que necessário garantindo que o tempo de alocação de memória é constante e a fragmentação minima. Connect