- Deixa que a história te guie
Se demorarem o dobro do tempo estimado, é provável é seja prometido o mesmo de novo. Não caias nessa. Aqui, o passado é um bom indicador do futuro. - Pede detalhes
Pergunta os porquês de uma estimativa. Se te explicarem o tempo que leva cada sub-tarefa, tudo bem. Se encolherem os ombros, é mau sinal. - Desafia os prazos
Contestar os números é sempre uma boa ideia. Obriga um programador a justificar a sua estimativa e a encontrar inconvenientes. Convém contar com eles o quanto antes. - Medidas
São comuns derrapes no calendário? Se sim, o quanto comum? Se não sabes, começa a apontar para teres uma ideia. - Abre e fecha parêntesis
Guia o programador na fragmentação em subtarefas, ajudando-o com perguntas como “5 dias chegam?” ou “Consegues acabar isso em 10 dias?”. - Pede uma segunda opinião
Não confies sempre nas estimativas apenas de um membro da equipa. O resto da equipa está toda de acordo? - Dois pensam melhor que um
Será que te estão a dizer só o que queres ouvir? Fala com alguém com experiências no mesmo tipo de projectos. - Põe a equipa a par
Mostra à equipa as suas próprias estatísticas, ajuda-as a encontrar padrões na sua forma de estimar e desafia-os a perceber o que correu mal nas más estimativas. - Recompensa e penaliza
Se terminou no dia estimado, celebra. Se terminou antes do dia estimado, chama a atenção. Se terminou depois do dia estimado, dá nas orelhas. - Impõe uma cultura
Incentiva a sinceridade e o realismo. Todos querem ouvir que é rápido. Mas ninguém quer deixar de cumprir com os seus prazos.
Afinal as novas tendências de gestão não são de agora. E as suas consequências também já são conhecidas há muito. Vejam esta carta do Senhor Vauban , Engenheiro Militar e Marechal de França, dirigida ao Senhor Losvois, Ministro da Guerra de Luís XIV, datada de 17 de Julho de 1683. "Monsenhor: ... Há alguns trabalhos nos últimos anos que não acabaram e não acabarão nunca, e tudo isso, Monsenhor, porque a confusão que causam as frequentes baixas de preços que surgem nas suas obras só servem para atrair como empreiteiros os miseráveis, malandros ou ignorantes e afugentar aqueles que são capazes de conduzir uma empresa. Digo mais, deste modo eles só atrasam e encarecem as obras consideravelmente porque essas baixas de preços e economias tão procuradas são imaginárias, dado que um empreiteiro que perde, faz o mesmo que um náufrago que se afoga, agarra-se a tudo o que pode; e agarrar-se a tudo, no ofício de empreiteiro, é não pagar aos fornecedores, pagar baixos salários, ter os piores
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