Avançar para o conteúdo principal

Horário de trabalho

A trabalhar há dois meses na Irlanda, ando para escrever alguns apontamentos daqui de Dublin, mas são tantos e tão diversos que há matéria aqui para escrever um blog inteiro (e talvez ainda o faca se a inspiração vier em meu auxílio). Há no entanto uma diferença que encontrei por aqui que é muito mais marcante do que eu poderia supor poder ser, e lembrei-me deste ponto que talvez se acomode bem neste blog e no tipo de posts que por aqui há. Falo do horário de trabalho.

O horário que por aqui se pratica, e que suponho generalizado, é de entrar as 9h e sair as 17h, com meia-hora de almoço. Ou seja, 7 horas e meia. Ou seja, meia-hora de diferença para o horário "normal" de Portugal. E que diferença que essa diferença faz...

Os irlandeses não são muito "fanáticos" com o trabalho e os horários, não se trata de regimes "autoritários" como parece ser em Inglaterra ou na Alemanha - a propósito, sabem que os alemães dizem que na Alemanha a taxa de criminalidade é baixa porque lá o crime é ilegal?

A primeira impressão que tive dos Irlandeses foi efectivamente de que eram um bocado como os ingleses, em termos de "formalismo metódico", "profissionalismo", "responsabilismo", mas ao mesmo tempo mais "relaxados", mais "descontraidos", mais "laissez faire, laissez passé", enfim, numa palavra, mais "latinos". O que me estranhou, já que contava mais com uma cultura bem "britanizada", mas enfim, se até o próprio Bono diz que "Irish people are essentially Latin people who don't know how to dance", quem sou eu para o contradizer...

Assim, não é de todo infrequente que surjam alguns pequenos atrasos, mas em geral pelas 9:10 o mais tardar já está toda a gente no trabalho, e fazendo equipa com um italiano, dois espanhóis e uma irlandesa decorre que por grande maioria decidimos sempre ir tomar um bom café, que levamos de casa e fazemos nós numa típica cafeteira, de outro modo é impossível beber-se bom café. Quer isso dizer que trabalho mesmo só lá prás 9:30. Lá pró meio-dia e meio vai tudo almoçar e lá prá uma e tal trabalha-se outra vez.

Já em Portugal, entre café e futebol e atrasos começa-se a trabalhar efectivamente para aí as 10 horas, com sorte! Ao meio-dia já está tudo a pensar no almoço, onde se vai perder uma hora desnecessariamente, até porque com os salários que os patrões nos pagam quem é que tem dinheiro para almoçar todos os dias num restaurante "decente" a comer uma refeição digna desse nome? De modo que lá pras duas volta-se a ir trabalhar para fazer o meio dia da tarde...

E é aqui que a magia acontece! Começa-se a trabalhar aqui lá prá uma e tal de tal modo que a primeira vez que se olha para o relógio depois de um boa sequência de trabalho, já são três e tal, ou seja, quase a entrar na ultima hora de trabalho. E pensa-se "olha que fixe, deixa cá continuar com o trabalho pra estar tudo feito a horas"... E assim, com uma pausa colectiva nos dias mais frios para beber um cházinho por volta das 4, as 5 está tudo "packed and ready to go"!

Já em Portugal, na mesma situação, o que acontece? Uma pessoa olha para o relógio, são as mesmas 3 e tal, mas pensa-se "porra, estou farto de trabalhar e ainda falta mais de metade da tarde pra sair!!!" E pronto, está tudo estragado! Para espairecer o espírito vai-se tomar um café, ler uns emails, quarto-de-banho, emails, as ultimas do futebol e volta-se a trabalhar sem vontade nenhuma, só a espera que chegue as 6 da tarde. E normalmente com isto tudo o trabalho acaba por atrasar, chega-se as 6 horas e ainda não se terminou, fica-se mais uma horita pra não apanhar muito transito, sai-se as 7 e está imenso transito, chega-se a casa lá pra 8 e nada mais resta que jantar e com sorte tem-se uma horita para a "vida pessoal" antes de ir dormir.

Bom, "to cut a long story short", conclui-se sem necessidade de extremo raciocínio que na Irlanda, com 7,5 horas de trabalho "nominal", se tem pelo menos umas 6,5 horas completas de trabalho "efectivo", ou seja, uma produtividade de quase 90%, enquanto que em Portugal, com 8 horas, temos para aí umas 5 horas, 5 horas e meia de trabalho produtivo na melhor da hipóteses, ou seja, pouco mais de 60% de produtividade. E nem estou a falar da função pública...

E nem estou a falar, principalmente, da grande vantagem que se tem de chegar a casa as 6 da tarde depois de um dia de trabalho, ou de ir ao centro comercial ver as ultimas novidades dos laptops e consolas e ainda chegar a casa as 8, bem a tempo de jantar, ou de ir até ao "pub" beber umas "pints" de Guiness e ainda chegar a casa as 8, bem a tempo de jantar, ou até, porque não, fazer essas coisas todas de seguida ou outras que vos aprove, e ainda ter a benesse de poder dormir uma noite completa de 8 horas. Ou de 7,5 horas como se faz aqui...

"Bottom line", porque não tentar ao invés de tanto ao estilo português, estar a pedir todos os anos um "aumento" aos patrões, porque não, dizia, pedir antes uma "diminuição"? Uma diminuição do horário de trabalho, com um aumento de produtividade na empresa e uma melhoria substancial da "qualidade" da "vida pessoal" de cada um, caramba, isto é uma "win-win situation"...


P.S. - Peco desculpa aos "patrões" que por aqui há se lhes estou a causar inconvenientes...

:)

Comentários

  1. Falando por mim, que julgo ser um dos "patrões" a quem pedes desculpa, deixa-me dizer-te que te agradeço o post, com o qual concordo na generalidade.

    Infelizmente, a passagem à prática não é simples, porque não é uma coisa que uma empresa possa fazer à revelia dos seus clientes. As multinacionais instaladas em Portugal têm muito essa tendência. Começam por implementar um horário das nove às cinco, e depois acabam com a fama de que não querem trabalhar. Porque entre as cinco e as sete, duas horas normalmente consideradas "de expediente", não estão disponíveis para os clientes.

    Aqui na nossa empresa o horário é de 7 horas por dia e geralmente cumprimo-lo, porque para nós é muito importante que as pessoas tenham vida pessoal para além do trabalho. Nesse aspecto não ficamos nada atrás dos Irlandeses. ;-)

    O que nos diferencia dos países do Norte é o início e fim do dia de trabalho e a longa hora de almoço. Os espanhóis, aqui ao lado, são ainda piores que nós, porque começam ainda mais tarde e chegam a ter duas horas para o almoço.

    É uma questão cultural, que não vai ser fácil de resolver. Mas vamos tentando. :-)

    ResponderEliminar
  2. Eu sou outro dos patrões e concordo com quase todo o teu "post".

    Faltou dizer que a produtividade não é "apenas" o número de horas de trabalho em relação ao número de horas presente. E uma pessoa que tem tempo para a sua vida pessoal é um individuo mais feliz e motivado e por isso em regra conseguirá fazer mais coisas durante o tempo em que está a trabalhar.

    A questão da envolvente é importante pois a prática generalizada nos clientes "estraga" quem pretende trabalhar de outra forma.

    Torna-se muito difícil gerir as variações dos horários (quando tem de se avançar para os clientes), porque as pessoas estão habituadas a ter esse tempo e não se consegue convence-las de terão durante algum tempo de fazer um esforço adicional até convencer a entidade contratante de que o ganho de produtividade compensa largamente.

    Esta questão(como outras) quando se tenta praticá-la mostra também outra característica cultural Portuguesa que é a desresponsabilização de organizações e indivíduos quanto à mudança. As organizações dizem que não conseguem mudar devido à envolvente e à dificuldade em lidar com os subordinados. E os subordinados queixam-se das chefias .

    O tal win-win de que falas não é obtido porque se cria aqui o problema do ovo e da galinha.

    Aliás, acho mesmo que só conseguiremos efectivamente chegar mais longe se cada um, independentemente da posição ocupada, sexo, credo religioso ou opção politica fizer o melhor que consegue e com boa vontade.

    ResponderEliminar
  3. Olá !!

    Frizaste um aspecto muito importante: o horário de trabalho ... !! lol
    Efectivamente existem bastantes diferenças entre o horário de trabalho e o horário efectivo, em q se dá produtividade ... !!
    E muita produtividade é uma das coisas q falta ao país !!
    Mas emfim ... os dias não são todos iguais ... não acordamos sempre com a mesma disposição e pica pra trabalhar ... !! lol

    ResponderEliminar
  4. Boas!
    Como funcionária pública, com horário rígido (faço 30 minutos de pausa para almoço para sair às 4.30) com ponto para picar, a trabalhar há 10 anos e sem aumentos (efectivos)e ainda com perdas de poder de compra de 5.6%, pergunto-me: há motivação para produzir mais?! Na função pública a nossa "produção" é um bocado relativa... eu faço o meu trabalho diário (o meu trabalho não me permite que "deixe para amanhã o que não posso fazer hoje")mas os sucessivos governos e depois as pessoas em geral entendem que os funcionários públicos são o alvo a abater neste país. Na verdade, se não fossem os funcionários públicos a pagarem os impostos "à cabeça" e a gastarem o pouco dinheiro que muitos recebem (sim, porque ainda há muita gente na função pública que ganha o ordenado mínimo)não sei onde andava a economia deste país.
    Dou o meu melhor todos os dias (às vezes sabe Deus...) sempre com um sorriso quando atendo pessoas, sempre disposta a ajudar (às vezes mais do que deveria)e depois os funcionários públicos é que são os culpados do país estar como está...
    Mas eu até estou disposta a deixar o meu lugar à disposição para ir para a Irlanda. Sim. Porque ser funcionária pública em Portugal não paga as contas. Então prefiro pegar no meu canudo e ir trabalhar "duro" para outras paragens. Não tenho medo de trabalhar. Nunca tive. Tenho medo é de me afundar neste navio baptizado de "Portugal".

    ResponderEliminar
  5. Interessante.
    Eu vou mudar-me para Cork já no proximo dia 16, e gostei do que li, apesar de que vou trabalhar em horários 24/7.
    Alguns conselhos especiais para quem sai daqui da Tugalândia totalmente às escuras?
    1 abraço e boa sorte!

    Empregos Aveiro

    ResponderEliminar
  6. Bom, deixa-me cá comentar os comentários... O que acho que vai ser longo... Primeiro, quero dizer que Patrão mesmo só conheço um! ;)

    Em relação aos comentários propriamente ditos, eu não disse que produtividade é "apenas" o número de horas de trabalho em relação ao número de horas presente. Quando muito teria dito o número de horas de trabalho *efectivo*. É óbvio que a produtividade passa muito pelas *condições* materiais que as empresas oferecem aos seus colaboradores, todas, desde as cadeiras aos computadores ao *dinheiro* que lhes pagam, e outras condições que proporcionem a uma pessoa ter outros horizontes para além do "trabalho-casa, casa-trabalho", como por exemplo um horário compatível com uma vida pessoal satisfatória, como por exemplo das 9 as 5...

    Também não falei, e aqui de propósito, do excelente conceito que é o "esforco". Porque isso então ainda dava mais pano para falar, como em Portugal calcularem-se prazos de execução com base em esforço de 100%, por exemplo este trabalho dura 4 meses, que sao facturados ao cliente, facturação da qual parte serve para pagar a quem trabalha com base nesses 100% de esforço (dito por outras palavras, a 8 horas por dia), para se constatar que no fim, acontece o que? O trabalho é entregue ao cliente ao fim dos 4 meses, sim, pelos valores contratados, claro, e com as tais taxas de "esforço" a 140% ou 150%, o que quer dizer que cada pessoa trabalhou foi 10 ou 12 horas por dia.

    E sem receber mais por isso está claro.

    Ah, já me esquecia, aqui onde estou, estamos a fazer planeamento com base num esforço de 60%. E olhem que não somos preguiçosos (ok, pronto, pelo menos os outros não sao preguiçosos...)

    Quanto a questão dos clientes trabalharem ate outras horas, sendo que até as 6 e as 7(!!!) sao horas de expediente, das duas uma: ou o colaborador está colocado no cliente e tem que naturalmente fazer o seu horário (ainda que até as 7!!!) - e já agora ser pago por isso - ou é um colaborador com responsabilidades comerciais e/ou de gestao e/ou de suporte - e aturar clientes a essa hora vem com o território - ou é uma daquelas pessoas que estão ao computador a programar - a "fazer as coisas acontecerem" como poeticamente se poderia dizer... Neste último caso, não vejo que, mesmo com um cliente a telefonar as 5 da tarde, estes programadores possam fazer alguma coisa em tempo útil para reparar seja qual for o (eventual) problema reportado. Aliás, deixem-me refrazear, não vejo que estes programadores *devam* fazer o que quer que seja. Não que os programadores não devam ter "client-facing capabilities", que o devem, mas para perceber o que se pretende num projecto e não como "tapa-buracos das 5 da tarde" - que não seja a uma sexta-feira, ao menos! (Ok, afinal era das duas, três...)


    É evidente tb que a produtividade não é uma coisa "fixa" e facilmente mensurável, mesmo com "all other things being equal" (as cadeiras, os computadores...), dado que o factor humano é preponderante nesta actividade. Como frisou o Luis Filipe, "os dias não sao todos iguais", e é certo, pela experiência que tenho, que as 2as feiras sao menos "produtivas" que o resto dos dias, principalmente quando o Benfica não ganha no fim-de-semana, o que infelizmente para a conjuntura portuguesa tem acontecido mais vezes do que o economicamente aconselhável...

    Mas se queremos aplicar "métricas" temos que "formalizar" os "conceitos", e daí optei por definir, para efeitos comparativos, "produtividade" como "número de horas de trabalho efectivo" em relação ao "número de horas de trabalho nominal", pois de outro modo existem demasiadas variáveis para um comparação efectiva.

    Quanto a galinha e o ovo, pensei que a questao já estava resolvida há algum tempo - foi o ovo! - mas já agora, para utilizar um eufemismo parecido, pergunto. Se os vossos clientes se atirassem a um poço, vocês seguiam-no?

    Uma nota em relacao ao que disse a Maria, eu nao disse que os trabalhadores da funcao publica sao improdutivos, o que digo é que a funcao pública o é, independentemente da qualidade dos seus trabalhadores. Sem culpa destes, a organizacao é no entanto defeituosa, os métodos desadequados. Vejam este "post" de um "blog" de um portugues radicado aqui na Irlanda e digam-me sinceramente se passa a alguem na cabeca que uma coisa destas se possa passar em Portugal. E olhem que comigo foi parecido, tive que me deslocar duas vezes a servicos publicos, o 1o demorei 10 min. no 2o, uma reparticao de financas onde fui 5 min. depois de ela abrir (pensei até em ter ido com meia-hora de avanco da hora de abertura para ir para a fila...), e... demorei menos de 5 min. Saí de lá com uma sensacao um bocado estranha, parecia que faltava ali qualquer coisa, uma pessoa nao está habituada...

    Quando ao Helder Marques, nao é mais um que vai para a Nokia Simens Network a ganhar 2000 ao mes, nao? (Pois, nem tudo sao rosas por aqui tb) De qq modo nao conheco Cork por isso prefiro nao me alongar, a nao ser para lhe indicar este site, se é que nao o conhece já, onde pode encontrar muita informacao util.

    Básicamente, para voltar ao meu ponto inicial, acho que nao há motivos economicamente válidos para, pelo menos na area de servicos, nao se fazer um horário das 9 as 5 em Portugal, e pelo contrário vejo n, motivos socialmente válidos para o fazer.

    E como já se previa, alonguei-me mesmo!

    ResponderEliminar
  7. Há uma coisa curiosa, no entanto. Nos últimos tempos cruzei-me duas ou três vezes com processos de recrutamento vindos da Irlanda e reparei que eles colocam o ênfase na necessidade que o pessoal que não encare o emprego como um "nine to five job". Aparentemente a questão do horário não é consensual. ;-)

    ResponderEliminar
  8. Boas.

    O trabalho não tem dado para voltar aqui, mas finalmente consegui. E sim, sou um dos que vieram para a Nokia Siemens Networks, mas não sou um dos que ganham 2000 euros por mês, infelizmente. Estou-me por menos 500, e parece-me que bastante mal pago, mas enfim!!!

    1 abraço, Cork é muito interessante, e a Irlanda em geral também.
    Vontade zero de regressar a Portugal, a não ser em férias, diz-vos algo???

    ResponderEliminar
  9. Boas Hélder! Estás a ganhar €1500, na Irlanda? Sabes que muitas empresas na Irlanda chegam a pagar €500 por dia por um técnico? Sabes que o preço médio que uma multinacional cobra por um técnico está normalmente acima dos €1000 euros/dia, mesmo em Portugal? Não te sentes um bocado explorado?

    ResponderEliminar
  10. Aqui no Brasil os horários são bem maleáveis. Em minha equipe por exemplo, na globo.com, estabelecemos o horário de ínicio dos trabalhos as 11 da manhã, quando fazemos nossa reunião matinal de 15 minutos. Normalmente paramos de trabalhar entre oito e oito e meia da noite. Mas como o trabalho aqui é muito divertido e inovador, não há esse sentimento de que ainda falta muito para o expediente acabar durante a tarde.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

[Off-topic] "Novas" tendências de gestão

Afinal as novas tendências de gestão não são de agora. E as suas consequências também já são conhecidas há muito. Vejam esta carta do Senhor Vauban , Engenheiro Militar e Marechal de França, dirigida ao Senhor Losvois, Ministro da Guerra de Luís XIV, datada de 17 de Julho de 1683. "Monsenhor: ... Há alguns trabalhos nos últimos anos que não acabaram e não acabarão nunca, e tudo isso, Monsenhor, porque a confusão que causam as frequentes baixas de preços que surgem nas suas obras só servem para atrair como empreiteiros os miseráveis, malandros ou ignorantes e afugentar aqueles que são capazes de conduzir uma empresa. Digo mais, deste modo eles só atrasam e encarecem as obras consideravelmente porque essas baixas de preços e economias tão procuradas são imaginárias, dado que um empreiteiro que perde, faz o mesmo que um náufrago que se afoga, agarra-se a tudo o que pode; e agarrar-se a tudo, no ofício de empreiteiro, é não pagar aos fornecedores, pagar baixos salários, ter os piores

Conferência Europeia da Comunidade Alfresco

Já foi há quase quinze dias, mas julgo que ainda será relevante abordar a Conferência Europeia da Comunidade Alfresco, que decorreu em Barcelona no dia 22 de Abril. Com uma audiência de mais de 200 pessoas (a sala reservada estava cheia) vindas de vários pontos da Europa, este evento serviu para que muita gente desta comunidade se encontrasse pela primeira vez face a face. A Alfresco Inc. é uma empresa recente, que apostou em criar uma solução de gestão documental de topo de gama usando o modelo open-source . Considerando que a empresa, no seu terceiro ano de actividade, já atingiu o break-even , parece ter sido uma boa aposta. No arranque da conferência esteve John Powell, CEO da empresa, que falou um bocado sobre a excelente evolução da empresa e abordou a "guerra" entre o modelo de negócios proprietário e o modelo de código aberto. Exemplificou este conflito com o Microsoft SharePoint, que ele designou como "a morte da escolha", justificando o epíteto pelo facto

O que é uma POOL ?

Tenho andado a fazer implementações de mecanismos de pooling em Java 2 Enterprise Edition. Como me parece um conceito algo lato tentei a abordagem do dicionário. Alguns mostram que de facto a palavra é usada para muita coisa. A definição mais comum é "piscina". A que mais me agradou foi o que descobri na wikipedia , onde pooling é apresentada como uma técnica para guardar qualquer coisa que já não é necessária em determinado sitio (a que se chama pool ) com o objectivo de a usar quando necessário optimizando assim a utilização de recursos disponíveis. Partindo para a computação, existem vários tipos de pools: Thread Pool - Conjunto de threads livres que se vão adicionando a um fifo quando não necessárias e retirando quando se quiserem usar. Memory Pool - Conjunto de blocos de memória, todos da mesma dimensão, que se alocam inicialmente e usam à medida que necessário garantindo que o tempo de alocação de memória é constante e a fragmentação minima. Connect