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GWT - Afinal sempre é possível fazer as coisas simples

Nas últimas semanas tenho andado a estudar e experimentar o GWT. É uma agradável surpresa.
Depois de ter passado pelo JSF e afins sinto finalmente que alguém decidiu dar um murro na mesa e dizer : 
Mas porque é que estão com complicações ? Existe um lado que é interface e corre no cliente e outro que corre no servidor e um mecanismo simples que permite comunicar facilmente entre os dois.

É certo que ainda não tenho nenhuma aplicação feita por mim em produção. Mas a este ritmo e com a confiança com que estou na ferramenta acho que lá irei chegar rápidamente.

Os conceitos são simples:
  • A programação é feita em Java de forma muito similar ao swing.
  • As componentes visuais programadas podem ser ligadas às tag(s) do html, permitindo aproveitar trabalho já feito ou programar no editor de html preferído.
  • Compila-se o java e a ferramenta gera JavaScript para o browser específico.
  • As componentes de servidor são "apenas" rpc(s) para as quais se disponibilizam formas fáceis de comunicação (conversão de objectos java em javascript, xml ou json).
  • Os pedidos de execução no cliente a componentes no servidor são assincronos. Ajax simples :-).
Sinto a falta de um editor visual.  Não existe nada "free" mas já andam por aí produtos comerciais baratos.
Seja como for é bastante fácil de fazer "à mão".


Comentários

  1. Experimenta o RAP. Eu pessoalmente nunca o usei, mas a equipa do GUI do projecto em que estive na Critical (eu estava no Server, que era lá ao lado) dizia muito bem disso, e pelo menos o resultado estava muito bom. Eu só tive que "mexer" um pouco no código para "ligar" a alguns componentes do servidor, e foi extremamente facil.

    De resto, eu mantenho a minha opiniao de longa data, de que "user-interfaces" sao coisas que num sistema optimo nao deviam existir, e só existem neste mundo porque a Informatica (no sentido de "processamento de informacao", nao de "ciencia da informacao") ainda esta num estadio algo primitivo (como o prova, por exemplo, o uso intensivo de bases de dados relacionais...). Aliás, se pensarmos bem no conceito, "user-interfaces" pressupoe que os "users" nao fazem parte do "sistema" que se está a construir, e dai ser preciso um "interface". Ora o correcto seria partir do principio de que os "users" fazem parte do "sistema", e dai nao ser necessario nenhum "interface". Como ha-de ser um dia com o "pervasive computing".

    Como eu costumo dizer, "o unico utilizador bom é aquele que nao sabe que o é"...

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  2. RAP a tia!

    Fica no GWT que isso é que é bom.

    PJG

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  3. Outra vantagem de usar RAP é a de ser baseada em SWT e semelhante a RCP, assim é possível "aproveitar" o conhecimento que já exista nessas plataformas.

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